Enclosures: Images of peasants in contemporary Brazil
Main Article Content
Abstract
In this text we aim to analyze the effects of the expansion of agrarian capitalism in some regions of Brazil, dominated by the planting of sugar cane, soya, eucalyptus and livestock. We propose a reflection that goes beyond the economic and political aspects, whereas this process as occurred and is occurring in primitive accumulation is founded through the expropriation of land - including the Commons goods - and also of the subjectivities of the peasants, such as small farmers, squatters, indigenous, quilombolas. The process of primitive accumulation imposed is characterized by violence, enslavement and enclosure of the land and of the bodies. The discussion will be focused on the conflictive dialectic produced by the enclosure. In relation to indigenous peoples, in many cases, there have been massacres and genocide. The loss of objective conditions produces exchange in the social relations of gender, insofar as men are affected by mobility and women by immobility, both processes controlled by the logic of accumulation. The control over the peasants turned into workforce prints them the stamp of mechanized bodies, dominated by suffering. With regard to women, they remain surrounded by plantations of agribusiness in small portions of land – plots - relegated to the role of family reproduction. For these reflections we rely on several investigations that prioritize documents, life stories and oral reports. The insertion of the reproductive sphere in the analysis of primitive accumulation, which accompanies the development of these capitals, brings new elements to the understanding of the forms of exploration and also of resistance.
Downloads
Article Details
Eutopía, Revista de Desarrollo Económico Territorial, operates under Creative Commons Attribution-No Derivative Work 3.0 unported (CC BY-ND 3.0).
The authors who publish in Eutopía accept these terms:
You are free to share / copy and redistribute the material in any medium or format for any purpose, including commercial. Therefore, authors retain the copyright and cede to the journal the right of the first publication (CC by-ND 3.0), which allows third parties the redistribution, commercial or noncommercial, of what is published as long as the article circulates without changes.
The following conditions exist for the authors:
Recognition - you must recognize the authorship, provide a link to the license and indicate whether changes have been made. You can do this in any way reasonable, but not in a way that suggest that has the support of the licensor or receives it by the use he makes.
Without Derivative Work – If you remixed, transform or create a work from the original material, you cannot broadcast the modified material.
For more details, visit the page of Creative Commons (CC).
References
Alagoas. 2016. Estudo sobre a Agricultura Familiar em Alagoas. Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio. Maceió: Seplag.
Albuquerque, Cícero Ferreira de. 2009. Casa, Cana e Poder. Maceió: Edufal.
Antonil, André João. 1982. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte, São Paulo: Itatiaia, Edusp.
Araújo, Rayane Barreto de. 2018. “O relatório Figueiredo e as violações dos direitos indígenas nas páginas do Jornal do Brasil (1965-1968)”. Revista Espaço Ameríndio, 12, n. 2: 213-250. https://seer.ufrgs.br/EspacoAmerindio/article/view/83428/53066. Acesso em 20/02/2019.
Barrozo, João Carlos. 2007. Em busca da pedra que brilha como estrela. Garimpo e garimpeiros no Alto Paraguai. Cuiabá: Tanta Tinta.
Bosi, Eclea. 2003. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial.
Carvalho, Cícero Péricles. 2009. Análise da reestruturação produtiva da agroindústria sucroalcooleira alagoana. Maceió: Edufal.
Costa, Rogério Haesbaert. 2007. O mito da desterritorialização do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Dimas, Antônio. 1992. “Antonil, a cana e o negro”. Revista USP, 15: 132-144.
Dussel, Enrique. 1993. 1492. O encobrimento do outro. Rio de Janeiro: Vozes.
Esterci, Neide. 1987. Conflito no Araguaia. Peões e posseiros contra a grande empresa. Petrópolis: Vozes.
Federici, Silvia. 2004. Calibã e a bruxa. Mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Coletivo sycorax.
Furtado, Marivania Leonor Souza. 2018. Aquilombamento contemporâneo no Maranhão. Um Rio Grande de possibilidades e suas barragens. São Luís: Eduema.
Gaudemar, Jean-Paul de. 1977. Mobilidade do trabalho e acumulação do capital. Lisboa: Editorial Estampa.
Guimarães, Elena. 2015. “Relatório Figueiredo. Entre tempos, narrativas e memórias”. Tesis de Maestria en Memória Social, Universidade federal do Rio de Janeiro -UNIRIO.
Harvey, David. 2010. O novo imperialismo. São Paulo: Loyola.
Heredia, Beatriz Maria Alasia de. 1988. Formas de dominação e espaço social: a modernização da agroindústria canavieira em Alagoas. São Paulo: Marco Zero; Brasília: MCT/CNPq.
Laat, Erivelton Fontana. 2010. “Trabalho e risco no corte anual de cana de açúcar: a maratona perigosa nos canaviais”. Tesis de Doctorado em Engenharia de Produção. Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Universidade Metodista de Piracicaba.
Leite, Marcos Esdras, Almeida, Jefferson William Lopes y Silva, Renato Ferreira da. 2012. “Análise espaço-temporal do eucalipto no norte de Minas Gerais nos anos de 1986, 1996 e 2010”. GeoTextos, 8: 59-74. https://pdfs.semanticscholar.org/62f5/c60e64a0b3f037cbced048228eefe10732bf.pdf. Acesso em 23/05/2019.
Lima, Arakén Alves de. 2006. “Alagoas e o complexo agroindustrial canavieiro no processo de integração nacional”. Tesis de doctorado en Economia. Instituto de Economia da Unicamp, Campinas.
Lima, José Carlos da Silva. 2013. “CPT de Alagoas: uma Pastoral em movimento a serviço das famílias empobrecidas do campo,” En Terra em Alagoas: temas e problemas compilado por Almeida, Luiz Sávio de; Lima, José Carlos da. Oliveira, Josival dos Santos. Maceió: Edufal.
Luxemburgo, Rosa. 1976. L’accumulation du capital. Paris: François Maspéro.
Macedo, Bernardo Vaz. 2019. “Papagaio velho não pega língua mais, não: estuciando o jeito de falar, o jeito de ser, no quilombo Córrego do Narciso do Meio, Vale do Jequitinhonha (MG)”. Tesis de Doctorado en Sociologia. PPGS/Universidade Federal de São Carlos.
Mançano, Bernardo Fernandes. 2007. “Entrando nos territórios do território”. En Campesinato e territórios em disputa, compilado por Eliane Tomiasi Paulino e João Edmilson, 83-129. São Paulo: Expressão Popular.
Marx, Karl. 1978. Le capital. Tome I. Paris: Editions Sociales.
_________. 2010. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo.
Martins, José de Souza. 1984. A militarização da questão agrária no Brasil. Petrópolis: Vozes.
__________________.1997. Fronteira. A degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec.
Menezes, Marilda Aparecida y Cover, Maciel. 2015. “Trabalhadores migrantes nos canaviais do estado de São Paulo: formas de resistências e movimentos espontâneos”. En Asalariados rurales en América Latina, compilado por Alberto Riella y Paola Mascheroni, 213-236. Montevideo: Clacso, Doble clic.
Neves, Delma Peçanha y Maria Aparecida de Moraes (compiladoras). 2008. Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil. Formas tuteladas de condição camponesa. São Paulo: Edunesp.
Oliveira, Ariovaldo Umbelino de. 1986. Modo capitalista de reprodução e agricultura. São Paulo: Ática.
Reis, Tainá. 2017. "Trabalho e gênero: reflexões sobre o adoecimento no corte de cana." Revista Ruris 11: 83-112.
Rosa, João Guimarães. 2001. A hora e a vez de Augusto Matraga. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Sassen, Saskia. 2015. Expulsiones. Brutalidad y complejidad en la economía global. Buenos Aires: Katz.
Silva, Maria Aparecida de Moraes 1990. “Como expulsar o camponês do proletário”. Travessia. CEM.8: 5-13.
____________________________ 1999. Errantes do fim do século. São Paulo: Edunesp.
__________________________1998. “Fiandeiras, tecelãs, oleiras ... redesenhando as grota e veredas”. Projeto História, 16: 75-104.
__________________________ 2014. “Quando a máquina “desfila”, os corpos silenciam. Tecnologia e degradação do trabalho nos canaviais paulistas”. Contemporânea. 4: 85-115.
___________________________2018. “Trabalho rural. As marcas da raça”, En Vidas talhadas no avesso da história. Estudos sobre o trabalho nos canaviais, compilado por Maria Aparecida de Moraes Silva y Lúcio Vasconcellos de Verçoza, 149-172. São Paulo: Annablume, Fapesp.
Silva, Maria Aparecida de Moraes y Lúcio Vasconcellos de Verçoza. 2018. (compiladores). Vidas talhadas no avesso da história. Estudos sobre o trabalho nos canaviais. São Paulo: Annablume e Fapesp.
Vale, João do.; Filho, Abdias. 1993. “Balanceiro da Usina”. En Coisas do Norte. Intérprete: Marinês e sua gente. São Paulo: RCA Victor, LP, faixa 1.
Velho, Guilherme Otávio. 1981. Frentes de expansão e estrutura agrária. Estudo do processo de penetração numa área de transamazônica. Rio de Janeiro: Zahar.
Verçoza, Lúcio de Vasconcellos. 2018. Os homens-cangurus dos canaviais alagoanos: um estudo sobre trabalho e saúde. Maceió: Edufal; São Paulo: Fapesp.
Verdelinho, Mestre. O. 2006. “Grande Poder”, En Universando. Intérprete: Mestre Verdelinho. Maceió: Coleção Música Popular Alagoana, v. 2, CD, faixa 4.
Wallace, David Foster. 2005. Isto é água. Discurso de paraninfia. Kenyon College, EUA.
Weil, Simone. 1979. “Experiência da vida de fábrica”, En A condição operária e outros estudos sobre a opressão, compilado por Eclea Bosi. 129-146. Rio de Janeiro: Paz e Terra.